Com a participação de cerca de 70 delegados, a Assembleia da Organização Concelhia de Viseu, realizada no domingo, 22, analisou a actividade do Partido nos últimos anos, definiu as orientações para o futuro e elegeu a nova Comissão Concelhia. Inserida na concretização da acção «Mais Organização, Mais Intervenção, Maior Influência – Um PCP Mais Forte», a assembleia revelou uma organização maior, mais forte e com mais influência junto dos trabalhadores e do povo.

As decisões assumidas neste aspecto particular visam prosseguir e alargar o reforço e rejuvenescimento do Partido, bem como melhorar diversos aspectos do seu funcionamento. A eleição de uma Comissão Concelhia – composta por 27 elementos, mais de metade dos quais integrando-a pela primeira vez – conhecedora dos problemas e capaz de intervir e dirigir a acção do Partido assume especial importância para assegurar o cumprimento destes objectivos.

Entre propostas que o Partido avança para o desenvolvimento do concelho, destaca-se a necessidade de elaborar um plano que vise o esbatimento das graves assimetrias existentes entre a cidade e a maioria das freguesias, priorizando o investimento em infra-estruturas básicas nas aldeias, a melhoria da rede viária interna, o apoio à manutenção e alargamento dos serviços públicos de saúde de proximidade e o investimento no associativismo popular, nomeadamente a construção de equipamentos culturais, de lazer e desportivos. A instalação de uma universidade pública, a edificação de um novo matadouro, a ligação ferroviária à linha da Beira Alta e à linha do Norte, a recuperação do Centro Histórico e a sua candidatura a «Património da Humanidade» e a construção de importantes vias de comunicação foram outras propostas reafirmadas pelos comunistas.

Dias antes, na Murtosa, teve lugar a primeira assembleia da organização concelhia do Partido, que contou com a participação de Tiago Vieira, do Comité Central. A assembleia definiu como objectivos centrais o recrutamento, especialmente de jovens e mulheres, a dinamização da acção política do Partido e a mobilização dos trabalhadors e do povo para a luta em defesa dos seus direitos.

Bélgica

Os militantes do PCP emigrantes na Bélgica realizaram recentemente a sua assembleia de organização, sob o lema «Reforçar o PCP na comunidade, afirmar os valores de Abril para Portugal», com a participação de Rosa Rabiais, do Comité Central. No decorrer dos trabalhos, foram analisados diversos problemas da diáspora, nomeadamente os que se referem à destruição da rede do Ensino de Português no Estrangeiro, à imposição inconstitucional de uma propina no ensino básico e secundário, assim como à inadequação dos conteúdos leccionados.

Os participantes na assembleia aprovaram os objectivos específicos de reforço da organização e de preparação das batalhas políticas que se avizinham, nomeadamente as eleições legislativas. A apreciação das medidas tendentes à divulgação, esclarecimento e mobilização dos portugueses na diáspora para o voto na coligação PCP-PEV ocupou uma parte substancial da discussão. Entre as preocupações surgidas no debate destaca-se a necessidade de uma mais ampla informação sobre o acto eleitoral e a simplificação dos procedimentos para o recenseamento, possibilitando que um maior número de portugueses possa exercer o seu direito de voto.

Na intervenção de encerramento, Rosa Rabiais sublinhou que o PCP «tem soluções para os graves problemas com que o País se debate», destacando a necessidade de «alargar a base social de apoio à luta dos trabalhadores, a importância da convergência de democratas e patriotas» na exigência de uma ruptura com a política actual. O reforço do PCP, também do ponto de vista eleitoral, é indispensável para construir a alternativa, garantiu.